A ex-deputada federal, Iris de Araújo morreu nesta terça-feira, 21. Ela foi submetida a uma cirurgia neste final de semana e não resistiu às complicações. Em novembro de 2022, Iris esteve internada em um hospital da capital por causa de uma infecção nos rins, tendo sido levada a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Pela primeira vez na história política do país uma primeira-dama rompe o mero papel figurativo e assistencialista e ocupa o espaço de decisão. Era década de 80 quando Iris Araújo percebeu a sua força para aglutinar e transformar a vida das pessoas. E, em 1994 lá estava ela como candidata a vice-presidente da República de Orestes Quércia (PMDB), contrariando líderes do partido que à época preferiam o nome do senador Ronan Tito (MG).
À frente de seu tempo, era uma mulher que não se importava se criticavam que ela deveria estar apenas fazendo receitas culinárias na televisão. Eu, como mulher, sei que as dores e delícias de ser o que se é e como fazer comida também pode ser fazer política.
Ela foi a primeira mulher a entrar numa disputa nacional. Também foi a primeira mulher a se sentar numa cadeira de senadora. Foi a primeira mulher a ser presidente nacional de um partido. Iris Araújo foi mãe, esposa, senadora, cozinheira, política e muitos adjetivos.
O Estado de Goiás se despede dessa mulher extraordinária que abriu e trilhou caminho para muitas que estão seguindo.