A Justiça decretou a prisão preventiva de seis policiais militares pela morte de Lucas Eduardo Lima Dutra, de 23 anos, em Anápolis. As investigações apontam que o jovem estaria algemado e teria sido executado com seis tiros provavelmente agachado ou ajoelhado. A vítima foi morta ao lado de sua casa, na noite de 25 de maio.
Na época, a PM informou à imprensa que Lucas era suspeito de ter roubado um celular de um estudante de um colégio militar de 17 anos e teria reagido à abordagem, atirando primeiro contra os policiais. O roubo foi no dia anterior e os policiais passaram o dia 25 inteiro atrás do suspeito.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) afirmou que após efetuarem os disparos contra a vítima, os policiais demoraram a chamar por socorro. Quando os bombeiros chegaram, Lucas já estaria morta há 40 minutos.
A namorada de Lucas, que testemunhou tudo, foi levada para a rodoviária e ameaçada de morte caso não partisse imediatamente para sua cidade natal, no Tocantins.
Foi decretada a prisão de Denilson de Oliveira Custódio, de 48 anos, Thiago Marcelino Machado, de 36, Isac Fernando Bastos, de 27, Errolflyn Ferreira Guimarães, de 32, Johnathan Ribeiro de Araújo, de 33, e Regis Aires Ribeiro, de 34.
Na decisão, a juíza Edna Maria Ramos da Hora, da 3ª Vara Criminal de Anápolis, destacou que cinco dos seis acusados já respondem por outras mortes em ações policiais, sendo que Denilson e Thiago têm, cada um, sete inquéritos por homicídio em sua ficha policial, e Isac, três. Já Regis e Errolflyn respondem, cada um, por um inquérito.