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Motoristas adiam possível greve mas, rejeitam reajuste salarial e Impasse com Urban segue em Anápolis



A disputa entre os trabalhadores do transporte público, a empresa Urban Mobilidade Urbana, e a Prefeitura de Anápolis deve se estender por mais uma semana. Os motoristas, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Anápolis (SITTRA), rejeitaram uma proposta de aumento salarial de 3,34%, considerando-a insuficiente.

A oferta da empresa incluía a manutenção das condições estabelecidas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas os trabalhadores exigem um reajuste que esteja mais alinhado com a realidade econômica da categoria. Apesar de terem recusado a proposta, os motoristas decidiram adiar qualquer paralisação até a próxima rodada de negociações. Uma nova assembleia foi marcada para o próximo domingo (1º).

A decisão ocorre em meio ao anúncio de aumento das tarifas do transporte coletivo, que será aplicado em dezembro. Para os usuários que utilizam o cartão, a passagem subirá de R$ 4,95 para R$ 5,25, enquanto o pagamento em dinheiro passará de R$ 5,50 para R$ 6,00. Esse ajuste representa aumentos de 6% no cartão e 9% em dinheiro, superando a porcentagem de reajuste oferecida pela Urban.

A empresa alega que o aumento nas passagens não cobre totalmente as necessidades financeiras para manter o equilíbrio do contrato. Além disso, a Urban afirma que não recebeu integralmente os fundos do programa Vale-Transporte Social, o que afeta o pagamento retroativo dos salários.

A Prefeitura de Anápolis justificou que a implementação do Vale-Transporte Social não foi possível antes devido a restrições impostas pelo ano eleitoral, que limita a criação de novos programas. A administração municipal também destacou que a negociação salarial é responsabilidade exclusiva da empresa.