A assembleia dos associados do Sindicato Dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Município de Anápolis (SITTRA), que iria definir sobre a greve dos motoristas do transporte público no município, prevista para acontecer nesta segunda (23), foi adiada para a próxima quarta-feira (25). Em caso de aprovação, a paralização pode começar na quinta-feira (26).
Segundo o presidente do SITTRA, Adair Rodrigues, já na assembleia realizada no dia 18 de janeiro, a categoria deliberou pela greve que teria início nesta segunda (23). Mas um documento enviado pela URBAN no início da manhã, a empresa solicitou uma reunião para apresentação de contraproposta nesta quarta-feira (25). Em vista disso, a categoria adiou a assembleia para às 20 horas quando já terão conhecimento da contraproposta.
Os funcionários do transporte público cobram um reajuste linear de 15% retroativo a 1º de junho de 2022, um ticket alimentação no valor de R$28,11 por dia trabalhado, um prêmio permanência de 5%, além de 7% do exercício da função de cobrador ao motorista. Segundo o SITTRA, já aconteceram quatro assembleias para a reivindicação, todas sem sucesso.
Ação da prefeitura
Na última sexta-feira, a prefeitura publicou no Diário Oficial do Município o extrato do convênio que prevê o repasse de R$ 6. Milhões para a Urban, oriundos de recursos do Governo Federal, por meio do ministério do Desenvolvimento Regional, como aporte da assistência financeira destinada a auxiliar o custeio da gratuidade das pessoas idosas no transporte público coletivo urbano. No mesmo dia o prefeito Roberto Naves informou o repasse de R$ 5 milhões, para o mínimo de condição para que motoristas e cobradores pudessem continuar trabalhando e atendendo a população. O pagamento à Urban, segundo Naves foi previsto para esta segunda-feira (23)
Segundo o presidente da Agência Reguladora Municipal, Robson Torres, o recurso a ser repassado é uma recomposição pelas perdas do Sistema.
“O sistema está em franco desequilíbrio econômico-financeiro e a Prefeitura, por meio da ARM está correndo atrás de todos os meios para equilibra-lo. Este recurso, por exemplo, fomos buscar junto ao do ministério do Desenvolvimento Regional em Brasília, após estudarmos a PEC 123/2022 que previa tal recurso” disse Torres.
“Este dinheiro pode ser utilizado pela empresa para todas as suas despesas, inclusive questões salariais e, se estamos passando por um problema dessa natureza, precisamos resolvê-lo o quanto antes evitando prejuízos. Tal recurso, por óbvio, pode e até deve ser utilizado para tal fim”, observou o presidente da ARM.