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CAOA anuncia fechamento momentâneo de fábrica em SP, e diz que vai produzir veículos somente em Anápolis



A Caoa Chery paralisou a produção de veículos em Jacareí, no interior de São Paulo, onde produzia os modelos Tiggo 3x e Arrizo 6 Pro. Em comunicado, a marca afirma que a decisão visa remodelar a linha de produção para a fabricação de veículos elétricos, atualizando sua gama de produtos. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a empresa demitirá os funcionários envolvidos com as atividades de manufatura no local.

Com decisão, a montadora passa a produzir, ao menos momentaneamente, veículos apenas na fábrica de Anápolis (GO), onde são feitos os SUVs Tiggo 5x, Tiggo 7 Pro e Tiggo 8. Inaugurada em 2001, a unidade também é responsável pela fabricação de alguns modelos da Hyundai.

"A pausa nos processos industriais de Jacareí será compensada pela intensificação da produção da planta industrial em Anápolis que está sendo preparada para novos lançamentos já no segundo semestre de 2022. Com isso, a Caoa Chery mantém sua meta de comercializar 60 mil unidades no mercado nacional em 2022", disse a empresa.

A fábrica de Jacareí foi a primeira da Chery fora da China. Em 2017, a Caoa assumiu 50% da unidade, quando a empresa brasileira passou a controlar todas as operações de produção e marketing, dando origem à Caoa Chery. De acordo com o site da montadora, a planta tem capacidade para produzir até 150 mil carros por ano.

A produção em Jacareí foi interrompida em março deste ano. Na ocasião, a montadora afirmou a paralisação nas atividades devido à falta de componentes eletrônicos que tem comprometido a indústria automotiva nos últimos anos.

"Acabamos de terminar uma reunião com a empresa, que não pretende mais fabricar veículos na fábrica de Jacareí. Com isso vai demitir todos os trabalhadores do setor produtivo e mais de 50% dos funcionários do administrativo", disse Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Segundo Gonçalves, em reunião com representantes da montadora, o sindicato foi avisado que a fábrica ficará fechada durante três anos, sem produzir veículos. O retorno das atividades ocorreria apenas em 2025.