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Polícia Civil prende fazendeiro que tratava trabalhadores como escravos em Abadiânia



A Polícia Civil (PC) encontrou 11 pessoas trabalhando em condição análoga à escravidão em uma plantação de eucalipto no município de Abadiânia, a cerca de 37 km de Anápolis. De acordo com informações da corporação, as pessoas estavam situações degradantes, sem água potável, sem dia de descanso e sem equipamentos de proteção individual.

Relatos das vítimas aos policiais revelaram que muitos trabalhavam na corta do eucalipto aos domingos, pois era a única forma de garantir a alimentação do dia, que era cobrada pelo patrão. No local, a PC percebeu que não havia camas e que eles todos dormiam amontoados em colchões no chão.

Todas as vítimas são do estado do Maranhão e permaneciam no lugar porque o patrão havia retido os documentos deles com a promessa de que assinaria a carteira de trabalho.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy Lima, o caso foi descoberto graças a uma denúncia anônima e que, ao chegar no local percebeu que as condições eram degradantes. “Muitos trabalhavam com motosserra de chinelo. Muitos nem possuíam as ferramentas de trabalho”.

A delegada ressaltou também que o alojamento era inóspito e que alguns deles já estavam trabalhando há dois meses sem receber. Um deles recebeu apenas R$ 50 nesse período e que não tinha para onde ir.

O patrão foi preso em flagrante pelo crime de redução a condição análoga à de escravo. Se condenado, ele pode pegar entre dois e oito anos de prisão por cada vítima, além de pena correspondente a eventual violência praticada contra a vítima.

Matéria do MAIS GOIÁS