Troca de experiências e acordos para investimentos com vistas ao desenvolvimento de Anápolis foram apenas alguns dos saldos da viagem que o prefeito Roberto Naves fez à China com a comitiva do estado de Goiás. Em coletiva realizada nesta quinta-feira, 16, em seu gabinete, o chefe do Executivo ressaltou sua admiração ao povo chinês pelo respeito com que tratam as questões comerciais e disse “é uma experiência que todos os gestores devem passar para saberem onde estamos e para onde queremos ir”.

Nas visitas que fez no Oriente Médio e na China, o prefeito disse que as agendas foram muito positivas e que os contatos serão mantidos com a finalidade de que, a partir de agora, possamos colher os frutos daquilo que foi mostrado em relação às potencialidades do município. “Isso agora são portas que nós abrimos. É preciso receber essas pessoas aqui para que concretizemos tudo aquilo que foi conversado”.

Durante a viagem, duas conversas avançaram bastante. A primeira foi com o grupo Alibaba, onde foi discutida a possibilidade de se trazer para Anápolis um centro de distribuição, já que a empresa é uma das maiores no que diz respeito ao e-commerce. A outra foi com uma empresa de fibra ótica. “Além disso conseguimos mostrar Anápolis para o continente asiático e no Oriente médio”, ressaltou Roberto Naves, que disse da possibilidade da vinda de representações dos grupos empresariais à cidade de Anápolis.

Antes da comitiva do Ronaldo Caiado sair de Goiás, o prefeito Roberto Naves acompanhado da primeira-dama e deputada estadual, Vivian Naves, e do secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant´Anna Braga Filho, visitou os Emirados Árabes. “Dubai e Abu Dabhi são territórios pequenos, arenosos, com pouca água potável. E como um país com um território tão pequeno se transforma em uma potência tão grande?. Eles viraram um grande interposto comercial de todo o Oriente Médio, de toda a Ásia. Eles se firmaram como grandes comerciantes”.

A primeira agenda foi na Câmara de Comércio e Indústria de Abu Dhabi, onde foi apresentado o Aeroporto de Cargas para que o fundo árabe possa participar do processo licitatório. Dando continuidade, foi realizada uma reunião com o Sheik Ahmed, o vice-presidente Sênior de Operações Comerciais das Américas do Grupo Emirates (uma das maiores empresas aéreas do mundo), Salem Obaidalla e representantes da Dubai National Air Travel Agency (Dnata), que é uma das maiores prestadoras de serviços aéreos. Também foi apresentado o Aeroporto de Cargas e a Emirates demonstrou interesse em conhecer o projeto.

Ainda nos Emirados Árabes, a agenda foi com o Grupo Kezad, que é uma empresa de Abu Dabhi que oferece soluções empresariais para todos os tipos de atividades, como manufatura, logística, comércio e distribuição. A utilização da localização geográfica como instrumento de trabalho do grupo foi uma das características que chamou a atenção da empresa já que Anápolis está no coração do Brasil e acenaram positivamente para a realização de parcerias e de investimentos na cidade.

Já na China, o prefeito se reuniu com representantes do grupo Alibaba, uma das maiores empresas de comércio eletrônico mundial. O potencial logístico de Anápolis foi um dos pontos discutidos na reunião e, a empresa, que têm duas bases de distribuição no Brasil, sendo uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo, anunciou que expandirá suas bases no ano que vem e ficou encaminhado que será na cidade de Anápolis por todo o potencial do município e por tudo que está sendo apresentado.

O desenvolvimento de Goiás e as políticas sociais adotadas pelo estado e municípios foram as pautas abordadas durante ‘Seminário do Desenvolvimento da Era BRICS’. A parceria com os municípios goianos foi ressaltada pela primeira-dama estadual, Gracinha Caiado, como um dos pontos essenciais para a efetividade dos programas sociais.  

Roberto Naves demonstrou sua admiração ao ter a oportunidade de visitar Xiong´na, onde a comitiva foi recebida pela vice-governadora da província de Hebei, Jin Hui. Conhecida como “Cidade do Futuro”, a cidade está sendo construída do zero, com características hipermodernas e ecologicamente corretas. Isso porque ela foi planejada para desafogar a capital Pequim, absorvendo parte de sua população e de seus serviços. “Lá tinha uma cidade de 170 mil habitantes e Pequim não tem mais onde crescer e o primeiro ministro determinou esvaziar a cidade e estão construindo do zero uma cidade para 7 milhões de habitantes. Isso começou em 2017 e a previsão é que terminem a construção em 13 anos”.