Durante agenda oficial nesta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as eleições de 2026 ocorrerão de forma “limpa, democrática e sem chororô”. O discurso, feito durante a inauguração de uma ponte que liga o Pará ao Tocantins, em São Geraldo do Araguaia, trouxe recados diretos sobre o processo eleitoral e críticas a episódios ocorridos em 2022.
Sem mencionar nomes, Lula fez referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por envolvimento em um plano de golpe de Estado. Segundo o petista, “as tranqueiras que tentaram governar o país” não voltarão ao poder.
Lula reforçou que o próximo pleito ocorrerá sem interferências como as denunciadas na eleição passada. “Vai ter eleição limpa, democrática. Todo mundo vai participar. Não vai ter guarda rodoviário parando ônibus, não vai ter fake news de urna fraudada. Democracia é isso: disputa quem quer, ganha quem pode. Nada de chororô”, declarou.
A fala remete às operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal no 2º turno de 2022, especialmente no Nordeste, onde centenas de ônibus foram parados. Segundo investigações da Polícia Federal, mais de 2 mil veículos teriam sido retidos, atrasando o deslocamento de eleitores. O episódio integra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República sobre o suposto plano para impedir o voto de apoiadores de Lula e manter Bolsonaro no poder.
Além disso, o presidente destacou que o governo trabalha para fortalecer instituições e garantir segurança ao processo eleitoral, citando a importância do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da fiscalização digital para combater desinformação. Lula também afirmou que confia no papel das Forças Armadas, mas reforçou que “quem cuida da eleição é a Justiça Eleitoral”.
Ao final do discurso, Lula disse esperar que 2026 seja marcada por um ambiente eleitoral mais seguro e menos hostil. “O Brasil precisa de paz, de eleição sem ódio e sem ameaça. Quem ganhar governa, quem perder respeita”, concluiu.