Com ordem de serviço marcada para o próximo mês, as obras do viaduto do Recanto do Sol podem atrasar. Isso porque a Ecovias do Araguaia, responsável pela construção, enviou um ofício nesta terça-feira, 7, pedindo alterações no projeto que nunca haviam sido discutidas antes. “A Ecovias mudou tudo aquilo que foi combinado com ela”, disse o prefeito Roberto Naves, que está em viagem à China, mas afirmou “que está atento às questões do nosso município”.

Dezenas de reuniões foram feitas entre os técnicos da Prefeitura e da Ecovias e em nenhum momento foram discutidas mudanças no projeto. “Isso dificulta e compromete a construção do nosso viaduto do Recanto do Sol. Então nós teremos que fazer novas adequações se a Ecovias não voltar atrás para que a gente possa realmente fazer essa obra. Então isso tudo vai ser revisto ou por parte da Ecovias ou faremos um novo projeto. Nós lamentamos muito isso que a Ecovias está fazendo e vamos fazer de tudo para que a gente possa o quanto antes resolver essa questão”, ressaltou o chefe do Executivo.

O trabalho da oposição foi citado por Roberto como um empecilho para que obras importantes da cidade sejam concretizadas. “O que estamos passando é o mesmo que vivemos com Meu Lote, Minha História e com o Politec. São aquelas pessoas da política do mal trabalhando para que as coisas não deem certo em Anápolis, mas nós temos fé em Deus, acreditamos na população anapolina e trabalhamos muito.”

Dentre outras exigências, a principal mudança solicitada pela concessionária foi a terceira via na pista nos dois sentidos pois, segundo eles, esta intervenção estaria prevista para daqui há alguns anos. A Prefeitura de Anápolis está tentando marcar uma reunião com a concessionária para discutir a questão. “Tudo agora depende dessa reunião que a gente vai ter com a Ecovias. Primeiro para entender o porquê da mudança, porque da exigência, porque que eles nunca falaram sobre isso”, esclareceu o diretor de Obras, Albenzio Vento.

O prazo para dar andamento às obras vai depender do que for acordado entre a Prefeitura e a concessionária. “A gente precisa entender porque isso não foi tratado lá na primeira reunião quando nós começamos a desenvolver os projetos. Quanto tempo vai demorar. Vai depender do rumo que isso vai tomar. Se vai esquecer essa exigência, se vai ter que cumprir essa exigência, então isso tudo depende dessa primeira conversa que nós vamos ter. Nós estamos tentando marcar desde ontem e estamos esperando o retorno da Ecovias aqui sobre essa reunião que tem que ser o mais rápido possível”, concluiu o diretor.

A responsabilidade dessa obra não era da Prefeitura por se tratar de uma rodovia federal e, portanto, quem deveria executar esta obra seria a Ecovias do Araguaia, concessionária responsável pela BR-153, no trecho onde o viaduto será construído. Em 2022, em reunião com o prefeito Roberto Naves, a Ecovias afirmou que a execução deste projeto não estaria prevista no plano de concessão da empresa para os próximos anos, ou seja, não havia um prazo exato para que o viaduto saísse do papel. Na mesma semana, o prefeito anunciou que o viaduto seria construído pela Prefeitura, com recursos do município, dependendo apenas de uma autorização da Ecovias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).