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Desembargador que criticou a PM expediu alvará de soltura para médico acusado de abuso e estupro de mais de 50 mulheres em Anápolis



O dia de ontem foi marcado por um julgamento que gerou intensa repercussão, envolvendo o desembargador Adriano Linhares, que fez declarações polêmicas sobre a Polícia Militar e sua existência. Durante o julgamento, o desembargador afirmou que a polícia militar deveria ser abolida. "Para mim, a polícia militar tem que acabar", declarou Linhares, acrescentando com tom irônico que a polícia militar de Goiás era invisível devido à sua participação em confrontos nos quais nenhum policial era baleado.

Essas afirmações provocaram uma resposta imediata da Polícia Militar e do governador Ronaldo Caiado, que pediu o impeachment do desembargador. A população goiana também condenou fortemente as declarações de Linhares.

Adriano Linhares assumiu recentemente o cargo de desembargador por antiguidade, e sua trajetória tem sido marcada por decisões polêmicas. Uma delas foi o mandado de soltura do  médico Nicodemos Júnior Estanislau de Morais, de 41 anos, acusado de importunação sexual, assédio e estupro de vulneráveis. A Polícia Civil ouviu 50 mulheres com relatos de supostas violações praticadas pelo ginecologista e obstetra, as vítimas disseram que o médico aproveitava as consultas e os exames ginecológicos para cometer atos libidinosos.

O médico já respondia pelos mesmos crimes em Brasília, mas uma decisão controversa de Adriano Linhares na Câmara de Anápolis resultou na emissão de um alvará de soltura.

Esses eventos recentes levantaram questões sobre a conduta do desembargador e geraram um intenso debate sobre a necessidade de reformas no sistema judiciário.

Fonte: Anápolis Notícias