A Petrobras reajustou novamente o preço do querosene de aviação (QAV), com alta de 3,8% válida desde esta semana. Este é o terceiro aumento consecutivo do ano, impactando diretamente companhias aéreas, operações aeroportuárias e, possivelmente, o custo final das passagens aéreas nos próximos meses.
O QAV é o principal combustível utilizado por aeronaves comerciais e representa uma das despesas mais pesadas no setor aéreo. Segundo especialistas, os sucessivos reajustes refletem principalmente a oscilação internacional do petróleo, a taxa de câmbio e a necessidade de alinhamento dos preços internos ao mercado externo.
O aumento ocorre em um momento de alta demanda, já que o fim de ano costuma concentrar grande fluxo de viagens. As companhias aéreas afirmam que parte desses custos pode ser absorvida internamente, mas reforçam que aumentos repetidos acabam, inevitavelmente, pressionando tarifas.
Apesar disso, a Petrobras destaca que os ajustes seguem políticas de mercado e variam de acordo com contratos firmados com distribuidoras. O QAV não é vendido diretamente aos consumidores, mas distribuído para empresas autorizadas que abastecem os aeroportos de todo o país.
Em anos anteriores, oscilações parecidas já provocaram encarecimento de voos domésticos e internacionais. A expectativa agora é acompanhar o comportamento do preço do petróleo nas próximas semanas para saber se novos reajustes poderão ocorrer no início de 2026.