Anápolis sediou mais um grande campeonato, dessa vez, de karatê. Foram 78 categorias, com participação de 1,8 mil atletas de 18 estados. O Campeonato Brasileiro de Karatê aconteceu no Ginásio Newton de Faria, de 13 a 16 de outubro, organizado pela Federação Estadual de Karatê Independente de Goiás (Fekigo) e apoiado pela Confederação Nacional de Karatê no Brasil (CNKB). Anápolis competiu com 105 atletas da Academia Manssey Dojo, e mais 51 da Instituição Amor ao Próximo, que são alunos contemplados pela Bolsa Iniciação Esportiva, da Diretoria de Esportes.

“É através dessa parceria com a Prefeitura que conseguimos fazer a diferença na vida desses atletas, que não teriam condições de custear aulas particulares em academias. É uma grande oportunidade para eles. Uma competição como essa possibilita que eles conheçam outros atletas, cresçam no esporte e fiquem longe das ruas”, diz Warley Souza Ribeiro, diretor da Associação Amor ao Próximo. Ao todo, os atletas bolsistas do programa conquistaram dois ouros, quatro pratas e nove bronzes.

A disputa acontece anualmente em diferentes estados brasileiros e incluiu 40 categorias no masculino e 38 no feminino, com atletas de 5 a 61 anos de idade. E não faltou espaço para os caratecas com deficiência. Emily Sophia tem Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH) e levou ouro. Já Thiago Mendes, com hidrocefalia, levou prata nas disputas individuais. “O Thiago é outra pessoa depois que começou as aulas de karatê. A coordenação motora dele melhorou muito, ele ficou mais motivado para sair de casa e interagir com outros garotos”, relata Laura, mãe do vice-campeão brasileiro em sua categoria.

Programa Bolsa Iniciação Esportiva
O programa Bolsa Iniciação Esportiva busca garantir o acesso ao esporte de forma descentralizada e inclusiva, custeando aulas de futsal, futebol, judô, karatê e jiu-jitsu para crianças e adolescentes de 8 a 17 anos em vulnerabilidade social. As aulas acontecem em instituições de práticas desportivas do município, que firmaram parceria com a Prefeitura de Anápolis por meio de chamamento público. Para participar do programa, a família do atleta precisa ser referenciada em um dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).