A Prefeitura de Anápolis não está de brincadeira quando o assunto é o combate contra o Aedes aegypti. Além de equipes de agentes de endemias e agentes comunitários de saúde estarem todos os dias nas ruas, às sextas-feiras, eles têm o apoio de membros do Corpo de Bombeiros, Base Aérea e Secretaria Municipal de Obras, formando um grupo de 400 pessoas na guerra contra o mosquito. Hoje, 13, o trabalho se concentrou na região do Filostro Machado, um dos locais com alto índice de infestação.
“A cada dez locais visitados, encontramos os focos do mosquito em oito e não achamos em lotes baldios. Todos os focos foram encontrados em edificações. É uma situação alarmante e precisamos da ajuda da população”, ressalta a gerente de Endemias, Patrícia Godói.
O aumento dos casos de dengue neste ano é evidente em todo o País devido ao período chuvoso, à sazonalidade e ao ciclo do mosquito, que aumenta a sua incidência a cada dois anos. Em Anápolis, o aumento também foi inevitável. Por conta disso, a cidade criou duas unidades exclusivas para pacientes com sintomas (São José e Bairro de Lourdes), além do Parque Iracema, e a primeira unidade básica de saúde pediátrica do Brasil, no posto do Arco-Íris. Tudo para desafogar as principais portas de entrada para todas as doenças, que são as UPAS da Vila Esperança e Pediátrica.
Mas não adianta criar estruturas de atendimento e não eliminar o causador de todo esse problema, que só pode ser combatido com o envolvimento de todos. Essa estratégia de participação popular já foi utilizada em 2017 e, no ano seguinte, a cidade foi exemplo em todo o Estado no combate ao mosquito transmissor, mantendo a linearidade, mesmo durante a pandemia. “Nosso trabalho não para, mas o combate à dengue e outras doenças causadas pelo Aedes aegypti é uma via de mão dupla. É fundamental o apoio e conscientização da população”, pontua Patrícia.
Os trabalhos em conjunto, independente dos diários, terão continuidade na próxima sexta-feira, 20, na região do Jundiaí e JK, e no dia 27, no Jardim Alexandrina e bairros vizinhos. O trabalho sempre começa às 8h e o ponto de encontro são os feirões locais.