Anápolis confirmou seu perfil conservador e deu 70,59% dos votos no segundo turno ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ante 29,41% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foram 153.507 votos para o presidente, derrotado no país na busca pela reeleição, e 63.960 votos para o petista, que conquista seu terceiro mandato como presidente da República.

Bolsonaro teve 63,03% (134.635 votos) no primeiro turno em Anápolis, contra 27,88% (59.548 votos) de Lula. Em 2018, quando foi eleito presidente, o político do PL teve 79,71% (154.907 votos) no segundo turno e 70,82% (137.218 votos) no primeiro turno em Anápolis. Bolsonaro venceu aquela disputa contra Fernando Haddad (PT).

O voto conservador para presidente da República não é um fenômeno novo em Anápolis. Entre 1989 e 2022 foram disputados 16 turnos no país e em apenas um deles, o 1º turno de 2002, o nome que rivalizava com o PT não conseguiu ter mais votos na cidade.

A cidade tem uma forte presença de setores religiosos, que se alinham mais à pauta da direita. Para a maioria, os políticos dessa vertente estariam mais ligados aos valores defendidos pelas igrejas, embora há um componente importante, pelo menos na atualidade, e que precisa ser levado em conta, uma onda mais conservadora existente em todo o país desde 2013, com as manifestações que ficaram conhecidas como Jornadas de Junho.

Jair Bolsonaro não conseguiu superar agora o seu próprio recorde na cidade, do segundo turno de 2018, quando teve 79,71% dos votos. Até então, o mais bem votado para presidente em Anápolis havia sido Fernando Collor, na segunda etapa da eleição de 1989: 74,9% dos votos dos anapolinos foram para o político alagoano, que três anos depois seria cassado pelo Congresso Nacional.