A estudante Annelise Lopes, que teve o corpo queimado durante um experimento na escola, fez um ensaio fotográfico e, ao g1, contou que quer inspirar outras mulheres.
Em 2021, a jovem teve 60% do corpo queimado após uma explosão enquanto ela e outros quatro alunos faziam um experimento durante uma aula, em Anápolis, a 55 km de Goiânia (leia mais abaixo).
“Eu me sinto muito guerreira, muito forte. Eu posso inspirar outras pessoas através dessas fotos, outras mulheres nessa mesma situação”, disse Annelise.
Annelise contou que a ideia de fazer as fotos foi um convite da fotógrafa Lorrane Marques. “Ela disse que era para fazer natural e sem maquiagem. No início, eu assustei e achei que não iria dar muito certo”, contou a jovem. Apesar do medo, ela disse que com a ajuda da mãe conseguiu superar, topou fazer o ensaio e mostrar as cicatrizes.
“A fotógrafa disse que queria mostrar mais as cicatrizes como um incentivo para outras pessoas e mostrar como eu sou forte”, revela.
Annelise destaca que a aparência é uma questão muito importante para a autoestima dela e de outras mulheres. “Nós mulheres somos vaidosas e desde o hospital tive experiências com meninas na mesma situação que eu. Fazer essas fotos é importante, pois eu mesma iria querer ver”, enfatiza. A jovem diz que lida bem com as cicatrizes e que amou as fotos.
“Quando eu fui fazer as fotos e vi os resultados, eu amei”, finaliza.
Em novembro de 2021, Annelise teve aproximadamente 60% do corpo queimado durante um experimento em uma aula de Química no Colégio Estadual Professor Heli Alves Ferreira, no Bairro Jundiaí, em Anápolis, na região central de Goiás.
Na época, o Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou a menina para o Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana). Depois do primeiro atendimento, ela foi levada de helicóptero para o Hugol, em Goiânia.