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Confirmado: Brasileiros serão trazidos no sábado (08) e ficarão de quarentena em Anápolis



O governo decidiu enviar duas aeronaves para buscar brasileiros e familiares que estão em Wuhan na China. A cidade é o epicentro da epidemia de coronavírus e está isolada para conter a disseminação da infecção. Ao chegar ao Brasil, eles ficarão em quarentena na Base Aérea de Anápolis, em Goiás. A previsão é que os aviões deixem a base aérea de Brasília nesta quarta (5) e voltem ao Brasil no sábado (8). A missão foi anunciada nesta terça-feira (4) pelos ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Silva afirmou que a base aérea de Anápolis tem boas condições para receber os brasileiros e que o local atende o demandado por protocolos de saúde. Segundo ele, o período normal de quarentena são 14 dias, mas o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, solicitou o uso de uma margem de segurança de cerca de 20%. "Então serão 18 dias", afirmou Silva. A previsão atual é que 29 pessoas venham da China. É possível que o número mude conforme o governo receba novos pedidos de evacuação. O uso de duas aeronaves é necessário, segundo os ministros, para dar mais espaço entre os brasileiros. Os aviões deverão sair da capital federal e fazer escalas em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia), e em outra cidade da China até chegar a Wuhan, na província de Hubei. O trajeto de volta é idêntico, no sentido inverso. O governo declarou emergência em saúde pública pelo novo coronavírus nesta terça-feira. Uma portaria foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) e criou o Centro de Operações de Emergências, estrutura federal responsável por articular políticas de prevenção à nova doença. O Ministério da Saúde ressaltou que a epidemia é um evento "complexo" e que demanda um esforço do SUS (Sistema Único de Saúde) para a identificação de eventuais afetados e para a implementação de políticas para reduzir os riscos de transmissão. A medida visa facilitar o retorno de brasileiros que vivem em Wuhan, epicentro do surto, e permitir a adoção de outras medidas para organizar a rede de saúde diante de possíveis casos, como solicitar contratação temporária de profissionais de saúde.