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Desistência de Gomide provoca reviravolta no cenário eleitoral de Anápolis



A desistência do deputado Antônio Gomide (PT) de disputar a Prefeitura de Anápolis mexeu com o cenário político do terceiro maior colégio eleitoral de Goiás e pode gerar uma polarização entre PP e MDB no pleito deste ano. O prefeito pepista Roberto Naves deve receber o apoio do governo do Estado e aproveitar a desistência de Gomide – até então favoritíssimo – para tentar se reeleger, enquanto os partidos de oposição tendem a se aglutinar em torno da candidatura do empresário Márcio Corrêa (MDB). Amparado no prestígio político de Gomide na cidade, o PT vai lançar a candidatura da vereadora Professora Geli Sanches. Lideranças políticas afirmam que uma parte do grupo ligado a Antônio Gomide – e que não é filiada ao PT- tende a se aproximar de Márcio Corrêa. Nos bastidores corre a informação de que o empresário já estaria sendo procurado por algumas lideranças próximas ao ex-prefeito. Um grupo de médicos e de empresários da cidade fechou apoio com a candidatura de Márcio – que ainda não lançou seu nome oficialmente. Fato é que ele recebeu o apoio do médico Samuel Gemus, que abriu mão da pré-candidatura a prefeito pelo PSDB e se filiou no MDB. Outro médico que se comprometeu com a pré-candidatura emedebista foi Pedro Paulo Canedo, que é filho do ex-deputado federal Pedro Canedo e primo do governador Ronaldo Caiado. Márcio agora tem que correr contra o tempo para se tornar conhecido junto ao eleitorado, já que nunca disputou uma eleição. No entanto, lideranças anapolinas gostam de lembrar que a cidade tem uma tradição histórica de eleger prefeitos “de fora da política”. Geli, por sua vez, tende a unir os partidos de esquerda em torno de seu nome, mas a resistência ao PT na cidade pode ser um obstáculo. Vale lembrar que o presidente Jair Bolsonaro teve em 2018 mais de 70% dos votos dos anapolinos, um dos maiores índices do Estado. Fonte: Mais Goiás