O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) sofreu uma condenação na justiça de primeira instância acusado de ter praticado caixa 2. De acordo com a sentença, a irregularidade deu-se na campanha eleitoral de 2006, ano que foi eleito senador com 75% dos votos. Perillo, que disputou a última eleição (2018) concorrendo à vaga de senador, vive hoje em São Paulo e se afastou da política em Goiás até o momento. Com a decisão, que ainda cabe recurso, ele terá de prestar serviços comunitários e pagar o valor de R$ 18 mil. No mesmo julgamento, o juiz eleitoral Wilson da Silva Dias, da 133ª Zona Eleitoral, absolveu ainda Marconi de outros três crimes, que foram denunciados pelo Ministério Público, a saber: peculato, associação criminosa e fraude processual. No entendimento do  Ministério Público Eleitoral, o ex-governador teria usado servidores públicos no horário de expediente para atividades particulares e utilizado aviões da Polícia Militar (PM). O juiz Wilson da Silva, em sua sentença, afirmou que “não há dúvida de que ocorreu o famigerado crime de caixa 2 na campanha do acusado Marconi Perillo, com a participação direta de outras diversas pessoas, vez que, pelos seus atos, existiam valores que ingressavam na contabilidade da campanha eleitoral de 2006, mas várias outras ocorriam por fora, sem declaração na prestação de contas, o que, por si só, atrai a figura do tipo insculpido no art. 350 do Código Eleitoral”. Nos outros três crimes aos quais Perillo também era acusado pelo MP, o juiz alegou falta de provas e, portanto, o absolveu.