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“Precisamos desacelerar o avanço da transmissão neste momento e pedimos a ajuda da população”, diz diretora de saúde



Quatro pessoas moradoras de Anápolis, com idade entre 24 anos e 44 anos, foram detectadas com novas variantes da Covid-19 do Reino Unido ou de Manaus (AM). O que mais preocupa as equipes de Vigilância Epidemiológica é que, ao fazer o rastreamento desses pacientes, nenhum deles estiveram nesses locais ou tiveram contato com pessoas que passaram por esses destinos. “Há uma transmissão comunitária dessas variantes”, explica Mirlene Garcia, diretora de Vigilância em Saúde de Anápolis. E o que isso muda? A extrema importância de que o maior número de pessoas pare de circular pelas ruas, como forma de mitigar a transmissão dessa nova variante. “Na prática, os estudos apontam que essas variantes possuem poder de contágio da doença muito superior à Covid-19 originada em Wuhan, na China, e possibilidade de agravamento da doença em tempo mais rápido”, completa Mirlene. A preocupação é de que nesse ritmo acelerado, o sistema público e particular de saúde sejam estrangulados, já que pacientes cada vez mais jovens estão recorrendo às unidades de saúde e permanecendo por período mais prolongado. Na última quinta-feira, 4, o prefeito Roberto Naves disse, em coletiva de imprensa, que o crescimento de internações foi de 325% em intervalo de sete dias. A diretora de Vigilância em Saúde teme que se o vírus não for freado nesse momento, podemos atravessar um mês difícil em março. “Não há outra forma, já que o Brasil ainda não tem vacinas suficientes para imunizar a população. Proteja sua família, ajude-nos a desacelerar o avanço da transmissão”, desabafa.