O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, de 78 anos, deixou o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para participar de uma audiência no Fórum de Anápolis, a cerca de 53 km da capital, na tarde desta quinta-feira (10). No local, o réu em processos por abuso sexual e por porte ilegal de armas falou à reportagem da TV Anhanguera: “Vou morrer. Tenho câncer”. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) alegou que o processo é sigiloso e, por isso, não forneceria mais detalhes. De acordo com o advogado Anderson Van Gualberto de Mendonça, que defende o líder espiritualista, a audiência é referente ao processo que seu cliente responde por posse ilegal de armas de fogo. O defensor afirma que esta fase do processo busca esclarecer a origem de uma arma encontrada em uma das residências de João de Deus um dia após a primeira ação de busca e apreensão realizada pela força-tarefa que investiga o caso. Nela, várias armas e bens, como dinheiro, foram encontrados. Depois, apenas o objeto foi localizado. “Queremos entender porque a arma não foi encontrada na primeira busca, feita por cerca de 30 agentes, e sim um dia depois”, diz Mendonça. O advogado explicou que João de Deus não foi ouvido durante a audiência, o que deve ocorrer apenas após o término das oitivas das testemunhas. Nesta tarde, segundo ele, três testemunhas de defesa prestaram depoimento. Ainda faltam duas de defesa e duas de acusação, de acordo com o advogado. No entanto, ele afirma que o médium desconhece a origem da arma em questão. “Quando as primeiras armas foram encontradas, ele admitiu que duas eram dele. Dessa outra, ele não tem notícia”, afirma. Devido ao estado de saúde do preso, que está muito debilitado, segundo o defensor, um pedido foi feito à Justiça para que João de Deus não tenha que se deslocar para as próximas audiências. De acordo com Mendonça, houve o deferimento da solicitação e as próximas oitivas serão realizadas por meio de carta precatória. O líder da Casa Dom Inácio de Loyola, que fica em Abadiânia, ainda deve ser ouvido ao menos duas ocasiões, segundo o advogado: neste processo, referente às armas de fogo, e em uma audiência sobre crimes sexuais, ambas sem datas definidas. Após a sessão, o médium voltou para o Núcleo de Custódia, onde está preso desde dezembro do ano passado. Ele é acusado de crimes sexuais, corrupção de testemunha, falsidade ideológica e posse ilegal de arma de fogo. João de Deus nega ter cometido os crimes. Matéria O Popular
"Vou morrer. Tenho câncer." Diz João de Deus ao participar de audiência em Anápolis
O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, de 78 anos, deixou o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para participar de uma audiência no Fórum de Anápolis, a cerca de 53 km da capital, na tarde desta quinta-feira (10). No local, o réu em processos por abuso sexual e por porte ilegal de armas falou à reportagem da TV Anhanguera: “Vou morrer. Tenho câncer”. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) alegou que o processo é sigiloso e, por isso, não forneceria mais detalhes. De acordo com o advogado Anderson Van Gualberto de Mendonça, que defende o líder espiritualista, a audiência é referente ao processo que seu cliente responde por posse ilegal de armas de fogo. O defensor afirma que esta fase do processo busca esclarecer a origem de uma arma encontrada em uma das residências de João de Deus um dia após a primeira ação de busca e apreensão realizada pela força-tarefa que investiga o caso. Nela, várias armas e bens, como dinheiro, foram encontrados. Depois, apenas o objeto foi localizado. “Queremos entender porque a arma não foi encontrada na primeira busca, feita por cerca de 30 agentes, e sim um dia depois”, diz Mendonça. O advogado explicou que João de Deus não foi ouvido durante a audiência, o que deve ocorrer apenas após o término das oitivas das testemunhas. Nesta tarde, segundo ele, três testemunhas de defesa prestaram depoimento. Ainda faltam duas de defesa e duas de acusação, de acordo com o advogado. No entanto, ele afirma que o médium desconhece a origem da arma em questão. “Quando as primeiras armas foram encontradas, ele admitiu que duas eram dele. Dessa outra, ele não tem notícia”, afirma. Devido ao estado de saúde do preso, que está muito debilitado, segundo o defensor, um pedido foi feito à Justiça para que João de Deus não tenha que se deslocar para as próximas audiências. De acordo com Mendonça, houve o deferimento da solicitação e as próximas oitivas serão realizadas por meio de carta precatória. O líder da Casa Dom Inácio de Loyola, que fica em Abadiânia, ainda deve ser ouvido ao menos duas ocasiões, segundo o advogado: neste processo, referente às armas de fogo, e em uma audiência sobre crimes sexuais, ambas sem datas definidas. Após a sessão, o médium voltou para o Núcleo de Custódia, onde está preso desde dezembro do ano passado. Ele é acusado de crimes sexuais, corrupção de testemunha, falsidade ideológica e posse ilegal de arma de fogo. João de Deus nega ter cometido os crimes. Matéria O Popular