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Banco de Leite Humano: doações do alimento salvam vidas



Aline Brito, 28 anos, mãe da Bianca de quatro meses, não faz ideia de quantas vidas já salvou. Podemos pensar em várias formas de fazer isso, mas ela conseguiu apenas com o gesto da doação. O trabalho em domicílio do Banco de Leite Humano Elaine Miriam de Oliveira busca em sua casa 1,5 litros de leite materno por semana. Para se ter uma noção, um frasco com 500 ml pode alimentar dez bebês em uma UTI.

E é em busca desses exemplos e destas mulheres maravilhosas que o Banco de Leite reforça a necessidade desse gesto que pode salvar vidas no Dia Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado em 19 de maio. É esse alimento que vai ajudar mãezinhas que não tiveram a produção necessária e bebês que estão em leitos de UTI recebendo algum tipo de tratamento.

Como incentivo a essas mamães, como a Aline, o Banco de Leite realiza na próxima quarta-feira, 24, uma homenagem às doadoras com um momento e entrega de certificado, às 16h, no auditório do Parque Ipiranga. “É uma forma de valorizar quem tanto nos ajuda”, frisa a coordenadora do Banco de Leite Humano, Eliene Monteiro.

Ela também explica que a conscientização sobre a doação é feita, dia a dia pela equipe, em unidades de saúde e hospitais, instruindo e ressaltando sua relevância. Atualmente, o local conta com 95 doadoras cadastradas, mas como a coleta depende de alguns fatores, é necessário que esse número aumente. “Precisamos de mais mulheres dispostas a nos ajudar para atender a demanda”, destaca a coordenadora.

A escolha das doadoras é feita por triagem. Após a divulgação, nas unidades de saúde e hospitalares, é feito o cadastro de todas as mães que desejam doar. Elas recebem atendimento individual para saber sobre rotina e histórico de saúde, entre outras condições, e claro, as informações necessárias para a coleta segura.

O leite coletado passa por um processo de pasteurização e análise de qualidade. Todo cuidado é tomado para que os bebês recebam um produto bom e nutritivo. Algumas mães possuem problemas familiares e psicológicos que podem atrapalhar no resultado do leite produzido. Com o atendimento em psicologia, implantado pela atual gestão, as doadoras contam com apoio que faz toda diferença.

A cada dia da semana é feito um atendimento domiciliar às doadoras ativas. Os profissionais responsáveis realizam um tipo de rodízio nos bairros e passam nas casas recolhendo o leite. O Banco de Leite do município é responsável pela coleta, processamento e controle de qualidade do alimento que, depois de pasteurizado, é doado para unidades como a Maternidade Dr. Adalberto Pereira da Silva, a UTI Neonatal e Pediátrica da Santa Casa.

Assistência
E voltando à Aline, ela conheceu o Banco de Leite Humano porque precisou de ajuda para amamentar. “A bebê parava de chorar quando mamava e eu chorava de tanta dor que sentia”, revela. Ela conta que com sete dias de puérpera procurou a unidade desesperada e saiu de lá outra pessoa. “Lá aprendi as posições corretas e recebi todas as orientações para amamentar minha filha. Hoje, se eu choro, é de alegria com esse momento ímpar”, destaca.

O Banco de Leite Humano Elaine Miriam de Oliveira conta com uma equipe multidisciplinar composta por especialistas em pediatria, psicologia, enfermagem, odontologia e odontopediatria para toda a assistência às gestantes, mulheres pós-parto e em fase de amamentação, e também aos pequeninos.

Em dezembro de 2018, a atual gestão entregou a sede própria no Bairro São Joaquim e ampliou a assistência, inclusive com procedimento de frenectomia, uma pequena cirurgia que consiste em cortar e remover o freio, que é uma “prega” fina de tecido fibroso (tipo membrana), presente na boca do bebê, conforme orientação médica, e feita por especialista.

Banco de Leite Humano Elaine Miriam de Oliveira
Endereço: Avenida Cachoeira Dourada, Praça Martins – Bairro São Joaquim
Telefones: 0800 646 3223, (62) 3902-1722 e (62) 99967-7251 (WhatsApp)