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Condenado a 30 anos de prisão, homem que matou professora a facadas em Anápolis; Caso repercutiu na época



Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Rafael da Silva de Andrade foi condenado a 30 anos de reclusão e ao pagamento de indenização de R$ 250 mil à família de Aíla Pinto Cardoso, que foi vítima de feminicídio em Anápolis. O homem também teve sua prisão mantida, não podendo recorrer em liberdade.

No julgamento pelo Tribunal do Júri de Anápolis, ocorrido ontem (23/11), atuou na acusação o promotor de Justiça Eliseu da Silva Belo, na companhia do advogado Alex Batista, que foi assistente de acusação. Para o membro do MP, a sentença proferida pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, foi exemplar, em especial na dosimetria da pena.

Ele acrescenta ainda que o réu agiu com requintes de crueldade, brutalidade e intensa covardia, já tendo sido ele, inclusive, condenado por feminicídio semelhante, em Brasília, no ano de 2011, em que matou a ex-esposa. Essa mulher, segundo informa Eliseu Belo, deixou órfãos os dois filhos que tinha com ele.

Crime ocorrido em 2019 teve grande repercussão em Anápolis

Na denúncia, oferecida pela promotora de Justiça Mayza Morgana Chaves Torres, é narrado que Rafael matou Aila com 25 facadas, o que ocorreu no dia 16 de julho de 2019, por volta das 13 horas, na residência do réu, na Vila Jaiara, em Anápolis.
Pelo que foi apurado, ele e a vítima se conheceram em uma rede social em abril daquele ano. De maio a junho, assumiram uma relação afetivo, ainda que o relacionamento fosse a distância, já que Aíla morava na cidade de Sobral, no Ceará, enquanto ele residia em Anápolis. No começo de julho, a vítima foi para Anápolis morar com o réu.

O relacionamento durou cerca de dez dias, tendo Aíla demonstrado que queria voltar para a casa de seus familiares. Ela, inclusive, comprou passagem para o dia 17 de julho.
Um dia antes, Rafael levou a mulher para almoçar na casa de seu irmão, retornando para casa em que o casal morava. Lá, ele esfaqueou a vítima por 25 vezes, causando-lhe a morte.

Réu usou redes sociais para contar da morte

Após matar Aíla, ele fugiu e ligou para o irmão, confessando o crime. Além disso, postou em uma rede social ter sido o autor do crime contra sua companheira. A Justiça acabou decretando sua prisão temporária, que foi cumprida no dia 15 de agosto, em Águas Lindas de Goiás. Atualmente, ele encontra-se preso e teve a prisão mantida na sentença.