Uma mulher de 25 anos, compareceu à Central de Flagrantes de Anápolis neste domingo 02, para relatar casos de preconceito racial que tem sofrido no ambiente de trabalho. A vítima trabalha como auxiliar de cozinha em uma cafeteria, localizado na Praça Bartolomeu de Gusmão, no bairro Jundiaí, há pouco mais de um ano.

De acordo com o relato da vítima, os atos de preconceito são praticados pelo filho do proprietário do estabelecimento. Segundo a vítima, há alguns meses o agressor vem provocando-a por meio de gestos que imitam um chimpanzé. Além disso, em um incidente ocorrido neste sábado (01), enquanto a vítima estava trabalhando, o agressor ficou ao seu lado e passou a imitar um macaco, utilizando ainda termos ofensivos como "burra". A provocação ocorreu devido a uma dúvida ortográfica relacionada à palavra "limão siciliano", que surgiu entre os colaboradores. Diante da situação, o agressor realizou uma pesquisa no Google, constatou que a palavra era escrita com "S" e, em seguida, prosseguiu com gestos imitando um chimpanzé e proferindo ofensas.

A vítima afirma que existem câmeras de segurança no estabelecimento que registraram o ocorrido. Além desse episódio, ela relata um incidente anterior em que, após realizar um procedimento estético nos cílios, foi alvo de comentários desrespeitosos por parte do agressor na presença de outra cozinheira. O agressor fez uma insinuação inadequada, sugerindo que só faltava uma bolsa para ela ir para "esquina" . Após o comentário, outra colaboradora o advertiu, perguntando se ele estava chamando a vítima de "puta", mas o assunto não foi mais discutido.

A vítima relata ter sido humilhada em várias ocasiões pelo agressor e destaca que a imitação do macaco é especialmente ofensiva, principalmente quando presenciada por outros colaboradores. Diante disso, ela manifesta o desejo de buscar medidas legais contra o agressor, representando criminalmente por injúria racial.