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Quarentena em Goiás deve ser prorrogado por mais 15 dias



O governador Ronaldo Caiado deve anunciar só amanhã o novo decreto com novas regras de isolamento a serem seguidas pela população para evitar a propagação do coronavírus. O decreto em vigor tem validade até o próximo dia 4 (sábado). Mas informações de bastidores já dão conta de que a quarentena deve ser prorrogada por mais 15 dias pelo governo para evitar um aumento mais acentuado da curva de infectados no Estado, que já é crescente. A expectativa do setor empresarial é de que o novo decreto faça concessões para algumas atividades econômicas, que retornariam ao trabalho de forma controlada e gradual, seguindo normas pré-estabelecidas. O anúncio das novas regras será feito apenas pelo governador, mas um integrante do alto escalão do governo estadual disse agora há pouco que acredita que o decreto será mesmo prorrogado. “Caso haja concessões, elas serão bem pequenas”, prevê. Agora à tarde, representantes do Fórum Empresarial se reuniram com o governador para tratar do assunto. O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, disse que Ronaldo Caiado frustrou as expectativas dos empresários, pois apenas ouviu, mas não adiantou nada sobre o novo decreto. “Ele disse que ainda está ouvindo todos e fazendo algumas alterações”, informou. Mas, segundo Mabel, o desespero entre a classe empresarial já é grande e os tribunais devem começar a conceder liminares permitindo que alguns setores voltem a funcionar. Ele adiantou que os empresários goianos já estão definindo algumas estratégias de ações, caso o governo prorrogue o decreto sem uma flexibilização. Hoje, o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de Goiás obteve uma liminar para impedir que o governo de Goiás e a Polícia Militar proíba o funcionamento de suas empresas filiadas. De acordo com o pedido de liminar, os escritórios de contabilidade fazem parte do rol das chamadas atividades essenciais à vida humana e, se esses estabelecimentos forem fechados, o próprio Estado será impossibilitado de arrecadar tributos para adquirir instrumentos indispensáveis à saúde. Mabel já havia lembrado ontem que muitos empresários estão desesperados e oferecendo seus produtos e serviços aos clientes pelas redes sociais. Dessa forma eles estão atendendo com horário marcado e com portas fechadas, o que aumenta o risco de contaminação. “O pessoal vai querer abrir na marra e, depois, o governador vai culpar o setor empresarial se algo der errado. Só dividiremos a responsabilidade com ele se a reabertura ocorrer de forma controlada. Se não for assim, o governo perderá o controle”, disse. Matéria do O Popular