O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP), está acompanhando a investigação do assassinato de Luiz Carlos Ribeiro da Silva, de 52 anos, um de seus melhores amigos. O crime foi cometido na terça-feira (6), na Avenida Brasil Sul, uma das mais movimentadas da região, no momento em que a vítima deixava um estabelecimento comercial.
Naves relata que entrou em contato imediatamente com autoridades policiais, como o titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, Vander Coelho, e com o governador Ronaldo Caiado (UB), para pedir agilidade na investigação. Segundo Naves, Luiz Carlos era fazendeiro.
O prefeito relata que no dia seguinte, às 9h, esteve com membros da Polícia Civil em Anápolis para tratar sobre assuntos administrativos entre forças de Segurança Pública e a prefeitura. Naves disse que, de forma espontânea, falou sobre questões que, em sua visão, poderiam ajudar na investigação do crime.
O prefeito negou que tenha sido convocado a prestar depoimento, contrariando boatos que circulam na cidade sobre o assunto. Naves também disse que a investigação corre em segredo e, por isso, não poderia dizer à reportagem o que conversou com os policiais.
Inquérito
Em nota, a Polícia Civil informou que vai se manifestar a respeito do caso em momento oportuno, “a fim de instruir o inquérito policial, cuja investigação ainda está em trâmite”. A reportagem apurou que Naves esteve no velório de Luiz Carlos, onde voltou a dizer que pediria a solução do crime o mais rápido possível.
Também circulou em Anápolis boato relacionando o crime com a segunda fase da Operação Limpeza Geral, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) na quarta-feira (7). Ao todo, foram deferidos 22 mandados de prisão e de 50 de busca e apreensão, que foram cumpridos em 16 cidades, entre elas, Anápolis.
Nos bastidores, a informação é de que, até o momento, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO, responsável pela operação, não vê ligação entre o assassinato e o esquema investigado dentro da Limpeza Geral.
A operação investiga vários contratos que somam cerca de R$ 300 milhões em empenhos. Há suspeita de fraudes a licitações, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro.