A polêmica da semana envolvendo o Desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, que pediu o fim da Polícia Militar, e teve uma dura resposta do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, parece que chegou ao fim, segundo o Portal Metropoles.com
Adriano Roberto, durante sessão de julgamento da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) na manhã desta quarta-feira, 1, o desembargador afirmou que, em sua opinião pessoal, a PM deveria deixar de existir.
“Uma reflexão pessoal: para mim, tem que acabar a Polícia Militar e instituir uma forma diferente de atuar na investigação e repressão ao crime […], disse Adriano.
Ao tomar conhecimento do vídeo e da fala do Desembargador, o governador Ronaldo Caiado, em tom áspero e revoltado, afirmou: “Tenho orgulho de ser o comandante em chefe da PM […]. Você está atentando contra o Estado Democrático de Direito ou está cooptado pelas forças do crime no estado de Goiás”. O governador afirmou que a fala deve ser avaliada pelo Conselho de Ética do Tribunal de Justiça, e que a instituição deve lhe impor o impeachment, pois a opinião do desembargador estaria à altura da liturgia do cargo.
“Respeite a PM do Estado de Goiás, que está sob meu comando. Entendeu bem? Quem responde por ela sou eu. Já mandei o procurador geral do estado de Goiás, Rafael Arruda, para encaminhar um documento consistente para encaminhar ao corregedor e aplicar as penas ao cidadão que não tem qualificação mínima para ser desembargador no Estado de Goiás”, concluiu o governador.
Devido as proporções que a estapafúrdia fala do Desembargador tomou e as duras críticas que recebeu, Adriano parece ter voltado atrás e agora disse, através de nota, que a PM deve ser “admirada”.
Veja a nota:
“A Polícia Militar merece a consideração e a admiração de todos, e deve continuar com seu valoroso trabalho. Como toda organização civil ou militar, necessita de permanente estímulo e aprimoramento para melhor servir aos cidadãos.
Ante a intensidade dos debates travados em sessão de julgamento no dia 1º de novembro, quarta-feira, ao que tudo está a indicar, diante da repercussão que se seguiu, não houvera andado bem ao registrar uma impressão pessoal que não expressa adequadamente minhas ponderações sobre a quase bicentenária instituição.
Todavia, jamais me ocorreu o objetivo de afetar a credibilidade institucional da Polícia Militar nem de seus dignos integrantes.”